* Elizandra Souza
Não há orixá que dê jeito
Se não tenho fascínio
Peço proteção aos que me regem
Para que nada de mal me aconteça
Nem praga e nem quebranto
Vou até acender uma vela pro meu santo
Para que se esqueça se tenho graça ou encanto
Detesto o fanatismo e elogios
Anjo que me guarda não me deixe só
Prefiro a lucidez dos que ficam quietos
Aos que blasfemam o que não sou
Inventam uma poetisa perfeita
Que passa longe das minhas veias e vestes
Eu rio para disfarçar meu rancor
Detesto parecer o que não sou
Olhos de seca pimenteira
Não me seque, não me queira
Não me cobice, nem me deseje
Sou erva daninha arranque-me de ti..
Procure outro caminho que eu não estou aqui...
Não há orixá que dê jeito
Um sentimento não correspondido..
Vassalagem perdida nos becos
Na janela que não abrirei...
4 comentários:
Que texto lindo. A imagem reflete tudo isso. Perfeita.
adoro seus escritores, flor. Deveria postar com mais frequência.
bjo
Gostei Eli! Sai pra lá Zica!
Bjs
Rsrs, ja tinha me falado dessa... rsrs
Para bom entendedor meia palavra basta, mas para que não se manca um poema ainda é pouco...risos...
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