sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Lançamento dos Cadernos Negros 34, amanhã dia 17, na Feira Preta! Vamos?


Eu me sinto privilegiada de partilhar uma publicação com pessoas que são minhas mestres da vida e da literatura. Amigas e amigos dos capítulos da minha existência humana. Asé e vida longa a publicação! Cada edição é um desafio! Continue Quilombhoje re-existindo ou resistindo?
Autores e textos:

Ademiro Alves (Sacolinha) - Adversário Íntimo
Adilson Augusto - Na Ponta da Língua
Claudia Walleska - África-Brasil
Conceição Evaristo - Lumbiá /Ei, Ardoca
Cristiane Sobral - O Tapete Voador
Cuti - Que Horas São?
Débora Garcia - O Anjo
Denise Lima - Baobás
Elizandra Souza - Antes que as Águas da Cabaça Sequem
Esmeralda Ribeiro - A Moça
Fátima Trinchão - A Bênção, meu Pai
Fausto Antônio  - O Escuro das Palavras
Guellwaar Adún -A Solidão de Soledade
Henrique Cunha Jr. -Operação Limpa
Jairo Pinto -Armandinho, RG Desconhecido
Luís Carlos ‘Aseokaýnha’ - A Grama
Mel Adún - Menininha
Míghian Danae - Família
Miriam Alves - O Velório
Onildo Aguiar -Tambores do Filho do Homem
Thyko de Souza -Nasce uma Lenda
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Livro: Cadernos Negros volume 34 - contos afro-brasileiros; Preço: R$ 20,00. 21 autores.




QUANDO?


Dia 17 de dezembro de 2011, sábado, das 17h às 19h.

COMO?O lançamento neste ano ocorrerá dentro de outro evento, a Feira Preta, que completa dez anos de existência e é uma iniciativa que vem crescendo a cada ano.

POR QUÊ?Na Feira sempre houve espaço para os livros e para a literatura. Neste décimo ano de Feira o lançamento de Cadernos Negros vem somar com essa postura.

POSSO ADQUIRIR O LIVRO EM OUTRO MOMENTO?

O Quilombhoje estará com um estande nos dois dias de Feira (a lista só será válida no sábado). Após isso você poderá solicitar o livro pelo correio ou adquirir em lugares como o Museu Afro
ONDE VAI SER A FEIRA E O LANÇAMENTO?
Centro de Exposições Imigrantes - Metrô Jabaquara.
Maiores informações: (11) 7196-1500, a partir das 11h
Site da feira: http://www.feirapreta.com.br/

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Chegada

Se tu viesses ver-me nessa noite
Encontraria na porta, um sorriso encanto
Um abraço envolvente como manto
Remédio que afugenta o açoite

Se tu viesses em passos lentos
Entalhando meu rosto em um camafeu
Ouviria todos os conselhos dos ventos
Vagalumeando ou brincando com o breu


Se tu viesses do horizonte belo
Galopando e seguindo o curso do rio
Pontilhando nosso elo nos rastros das estrelas
Escutaria o caminho que tanto te assobio...

*Dedicado ao filho do sol, do rei,do horizonte,da lua, das estrelas...

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Elizandra Souza no Ensaio Poético!

Ensaio Poético é um programa onde alguns poetas da periferia conta um pouco a sua história e narra suas poesias.Como parte do projeto Correspondência Poética o programa se constitui em convidar um escritor para debater literatura e questões políticas da atualidade ao mesmo tempo que tentamos descorrer as motivações da caracterista da escrita de cada convidado para assim olhar a realidade através da poesia e a
literatura.

domingo, 27 de novembro de 2011

A DÚVIDA - Por Cidinha da Silva

Cada detalhe da sala de recepção repleta de cartazes é observada por Paula. Mensagens de cuidado com o amor-próprio, alertas sobre a violência contra mulheres e crianças, locais de denúncia e busca de apoio. Há também cartazes de seminários, imagens de mulheres felizes e sorridentes em situações de interação com outras.

Ela espera a vez de ser atendida e folheia as publicações dispersas pela mesinha. São pequenas e de rápida leitura: uma fala sobre prevenção do câncer de mama, outra do câncer de útero, outra sobre DSTS e AIDS. Esta mobiliza seu interesse. Ela lê com mais atenção. Vê que há vários exemplares. Antes mesmo de perguntar, a recepcionista responde que ela pode levar, se quiser. Ela agradece e coloca dois exemplares daquele sobre AIDS na bolsa. Continua folheando. Chegam duas outras mulheres. A funcionária explica que serão atendidas primeiro porque têm hora marcada. Paula veio sem aviso, será encaixada logo depois.

Ela sente um certo alívio,pois ainda não sabe como abordar o problema. Até hoje, só conversou sobre suas atividades profissionais no próprio ambiente de trabalho, com amigas e clientes. Nem considera o trabalho como profissão;afinal, não escolheu,foi jogada nele. Distraída, Paula nem percebe que chegou sua vez.

Ela entra na sala pintada de amarelo lindo. Fica encantada com as almofadas coloridas e a casinha com fogo onde borbulha uma água cheirosa,coisa que ela nunca vira antes. A psicóloga a recebe na porta, sorri afável, convida-a sentar-se. Ocupa outra cadeira, não há mesa separando as duas, como noutros consultórios. Começam a conversar. “Então, Paula, como vai? Em que podemos ajudá-la? Daqui a pouco eu vou pedir para você preencher um formulário de cadastro,tudo bem?” “Não,senhora. Quer dizer, eu sei ler um pouco, mas não sei escrever.” “Foi bom você ter avisado. Não tem problema,eu te ajudo. Mas o que te traz aqui?”

“Bem,doutora...” “ Por favor, não me chame de doutora, meu nome é Jucinete, já lhe disse.Pode me chamar de Ju, se quiser”.” Bem, doutora Jucinete,quer dizer Jucinete, eu sou puta, sabe!?Foi uma colega que me disse que vocês atendiam mulheres aqui, então eu fiz o último programa, tomei banho e vim.” “Sim, fique à vontade, continue.Depois te explico como trabalhamos.””Eu sei mais ou menos. Minha colega disse que vocês fazem exames, dão orientação,camisinha. Eu vim mesmo para tirar uma dúvida.” “ Estou aqui para ajudá-la,Paula, pode falar.” “É o seguinte, eu sou puta, já falei para a senhora...””Sim, você já disse e sabe que conosco não existe problema por isso, certo?” “Sei sim, senhora.” “Então, fale!” “É que, na rua onde eu trabalho, nós somos seis mulheres. Cada uma faz dez programas por noite, é a exigência do cafetão. Às vezes faz onze, doze, quando o movimento tá bom, em dia de pagamento, pra tirar um extra também, sabe? Do mesmo jeito eu motorista de táxi alugado”, sorri. “ O problema é que as brancas fazem dez programas por noite e, às pretas, o cafetão obriga a fazer quinze. E, quando a gente reclama, eu e a outra colega preta, ele ameaça bater e diz que é assim porque preta agüenta mais.”.

“Eu não agüento, não senhora. Nem a minha colega, mas ela tem vergonha de vir aqui perguntar. Eu vim saber para nós duas, se eu e ela estamos doentes, porque preguiçosa a gente não é. Mulher preta precisa agüentar mais, mesmo?”

*Texto publicado no livro Oh, Margem! Reiventa os Rios!, de Cidinha da Silva. Selo Povo, 2011.
Esse livro pode ser encontrado na Loja 1 da Sul na Galeria 24 de Maio e também na Livraria Suburbano Convicto no Bexiga. Valor R$6,00 a R$10,00.
Saiba mais sobre a autora: http://cidinhadasilva.blogspot.com/

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Oração Madre Nossa, de Pauline Chiziane

MADRE NOSSA


Madre nossa que estais no céu,santificado seja o vosso nome. Venha a nós o vosso reino – das mulheres,claro, - venha a nós a tua benevolência,não queremos mais a violência.Sejam ouvidos os nossos apelos, assim na terra como no céu. A paz nossa de cada dia nos daí hoje e perdoai as nossas ofensas – fofocas,má-língua,bisbilhotices, vaidade,inveja – assim como nós perdoamos a tirania, a traição, imoralidades, bebedeiras,insultos,dos nossos maridos,amantes, namorados, companheiros e outras relações que nem sei nomer. Não nos deixeis cair na tentação de imitar as loucuras deles – beber, maltratar,roubar,expulsar,casar e divorciar,violar,escravizar,comprar, usar, abusar e nem nos deixes morrer nas mãos desses tiranos –mas livrai-nos do mal. Amén.

Prece escrita por Rami, personagem do livro Nicketche – uma história de poligamia, de Pauline Chiziane (escritora moçambicana).

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

O que você quer saber de verdade, de Marisa Monte!



O Que Você Quer Saber de Verdade - Arnaldo Antunes



Vai sem direção

Vai ser livre

A tristeza não

Não resiste

Jogue seus cabelos no vento

Não olhe pra trás

Ouça o barulhinho que o tempo

No seu peito faz

Faça sua dor dançar

Atenção para escutar

Esse movimento que traz paz

Cada folha que cair

Cada nuvem que passar

Deixa a terra respirar

Pelas portas e janelas das casas

Atenção para escutar

O que você quer saber de verdade

domingo, 30 de outubro de 2011

O menino que carregava água na peneira (Manoel de Barros)



Tenho um livro sobre águas e meninos.

Gostei mais de um menino

que carregava água na peneira.



A mãe disse que carregar água na peneira

era o mesmo que roubar um vento e sair

correndo com ele para mostrar aos irmãos.



A mãe disse que era o mesmo que

catar espinhos na água

O mesmo que criar peixes no bolso.



O menino era ligado em despropósitos.

Quis montar os alicerces de uma casa sobre orvalhos.



A mãe reparou que o menino

gostava mais do vazio

do que do cheio.

Falava que os vazios são maiores

e até infinitos.



Com o tempo aquele menino

que era cismado e esquisito

porque gostava de carregar água na peneira



Com o tempo descobriu que escrever seria

o mesmo que carregar água na peneira.



No escrever o menino viu

que era capaz de ser

noviça, monge ou mendigo

ao mesmo tempo.



O menino aprendeu a usar as palavras.

Viu que podia fazer peraltagens com as palavras.

E começou a fazer peraltagens.



Foi capaz de interromper o vôo de um pássaro

botando ponto final na frase.



Foi capaz de modificar a tarde botando uma chuva nela.



O menino fazia prodígios.

Até fez uma pedra dar flor!

A mãe reparava o menino com ternura.



A mãe falou:

Meu filho você vai ser poeta.

Você vai carregar água na peneira a vida toda.

Você vai encher os

vazios com as suas

peraltagens

e algumas pessoas

vão te amar por seus

despropósitos

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Em legitíma defesa - De Elizandra Souza


Só estou avisando, vai mudar o placar....

Já estou vendo nos varais os testículos dos homens,

que não sabem se comportarem

Lembra da Cabeleireira que mataram, outro dia,

... E as pilhas de denuncias não atendidas?

Que a notícia virou novela e impunidade

É mulher morta nos quatro cantos da cidade...



Só estou avisando, vai mudar o placar...

A manchete de amanhã terá uma mulher,

de cabeça erguida, dizendo:

- Matei! E não me arrependo!

Quando o apresentador questiona – lá

ela simplesmente retocará a maquiagem.

Não quer esta feia quando a câmera retornar

e focar em seus olhos, em seus lábios...



Só estou avisando, vai mudar o placar...

Se a justiça é cega, o rasgo na retina pode ser acidental

Afinal, jogar um carro na represa deve ser normal...

Jogar a carne para os cachorros procedimento casual...



Só estou avisando, vai mudar o placar...

Dizem, que mulher sabe vingar

Talvez ela não mate com as mãos, mas mande trucidar..

Talvez ela não atire, mas sabe como envenenar...

Talvez ela não arranque os olhos, mas sabe como cegar...



Só estou avisando, vai mudar o placar...

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Flávio Renegado disponibiliza seu novo álbum " Minha tribo é o mundo" para download gratuito!

Escute Aqui


Flávio Renegado, artista mineiro nascido e criado na favela Alto Vera Cruz, na cidade de Belo Horizonte.
Autodidata, o músico começou a cantar aos 13 anos, ao mesmo tempo em que deu início à sua atuação em movimentos sociais. Em 1997, foi um dos fundadores do grupo de rap NUC (Negros da Unidade Consciente), com o qual se apresentou por todo o Brasil e em países da América do Sul, África e Cuba.
Posteriormente, o NUC tornou-se uma ONG, presidida por Flávio, que desenvolve trabalhos sócio- culturais junto a jovens de comunidades carentes com o foco principal nos jovens do Alto Vera Cruz.
A partir de 2006, passou a se dedicar à carreira solo e desde então vem acumulando uma bagagem de shows e participações em apresentações de outros artistas. Em sua carreira solo, Flávio Renegado investe na incorporação de outras referências musicais como reggae, maracatu, música cubana, samba além de outras influências da cultura típica brasileira e de tradições regionais, sem, no entanto, abandonar características do tradicional rap norte-americano e o apelo social do rap brasileiro.

Release do músico

Desde sua estreia, em 2008, Flávio Renegado parecia prever que suas músicas percorreriam o mundo. Intitulado “Do Oiapoque a Nova York”, o CD foi lançado de forma independente, vendeu mais de 7 mil cópias e o levou a turnês por Cuba, França, Inglaterra, Espanha e Austrália, além de percorrer dezenas de cidades brasileiras. Esse processo foi crucial para o desenvolvimento de seu novo trabalho, “Minha tribo é o mundo”, cujo lançamento aconteceu no dia 13 de outubro. Produzido por Plínio Profeta - que já trabalho com Lenine, Tiê e O Rappa - e gravado no Rio de Janeiro, o CD apresenta uma sonoridade mais urbana e influenciada pela multiplicidade dos movimentos sonoros contemporâneos.
Sem se prender a limites geográficos, sua música dialoga com batidas africanas, ritmos caribenhos, texturas do hip hop norte-americano, a energia da música eletrônica e a malandragem do samba. Uma prévia dessa diversidade pôde ser conferida na faixa-título, primeira música de trabalho do CD, disponibilizada para download gratuito na página do artista no Facebook (facebook.com/flaviorenegado) junto de seu videoclipe, feito pela equipe do Natura Musical. Com participações de artistas como Donatinho e Edu Krieger, o novo CD tem seu show de estreia marcado para dia 29 de outubro, sábado, no Music Hall, em Belo Horizonte, cidade natal de Flávio.
Enquanto a música transforma a vida de Flávio Renegado e o leva a circular por todo o Brasil e no exterior, também altera aqueles que são tocados por ela, restando a certeza de que gostando ou não, ninguém ficará indiferente às suas obras. Não por acaso, nos últimos anos Renegado esteve ao lado de alguns dos mais originais artistas da cena musical brasileira, do virtuosístico guitarrista Toninho Horta ao astro da MPB Lenine, assim como aclamados novos nomes da música brasileira como a cantora Aline Calixto e o vanguardista Fernando Catatau, do Cidadão Instigado.
Se a diversidade de parceiros aponta a inquietação de Flávio Renegado, sua extensa produção por outras áreas confirma sua vocação artística. Rapper, compositor, instrumentista, poeta, ator e líder comunitário, Flávio Renegado partiu dos estreitos becos do Alto Vera Cruz (comunidade carente da cidade de BH) para tomar o mundo de assalto com seu trabalho que tira o hip hop do gueto e abraça as mais diversas influências. Ciente de sua capacidade de criação e movimentação por diferentes manifestações artísticas, ele parece ter noção de não pertencer a nenhum gênero específico, nenhuma classe artística definida, nenhuma região. Ao mesmo tempo, absorve todas elas. Um paradigma que explicita no título do novo CD e que deixa no ar as possibilidades que estão por vir ao dizer que “Minha tribo é o mundo”.

Saiba mais:
http://minhatribo.flaviorenegado.com.br/
http://download.flaviorenegado.com.br/

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

COOPERIFA FESTEJA 10 ANOS DE ATUAÇÃO NA PERIFERIA

Mostra Cultural é marcada por dez dias de atividades em 13 espaços culturais


Para comemorar uma década de intervenções culturais, a Cooperifa (Cooperativa Cultural da Periferia) realizará, na zona sul da capital paulista, a 4ª Mostra Cultural entre os dias 14 a 23 de outubro em diversos locais como escolas, CEUs, casa de cultura e no bar do Zé Batidão, sede do Sarau da Cooperifa desde 2003.

O Sarau da Cooperifa é movimento literário idealizado pelos poetas Sérgio Vaz e Marco Pezão, em outubro de 2001, dentro de um bar, em Taboão da Serra. O projetoteve êxito e hoje eles convidam poetas, músicos, atores, dançarinos, cineastas para brindar nessa festa com uma vasta programação que inclui debates, shows, feira literária, espetáculos e distribuição de três mil livros infantis na comunidade. Todas as atividades são gratuitas.

Tais manifestações foram a forma encontrada por esse coletivo para valorizar a literatura e incentivar a leitura na periferia vem agregada de criatividade com projetos inovadores como o próprio sarau dentro de um bar, o Prêmio Cooperifa, a Semana de Arte Moderna da Periferia, Poesia no Ar, Chuva de livros, Cinema na laje, Ajoelhaço, Sarau da Cooperifa nas escolas, e essa mostra cultural que está na quarta edição no qual reúne todos que buscam uma transformação da periferia.

No entanto, como frisam os organizadores, nada disso seria possível sem a adesão da comunidade, das escolas e dos moradores oriundos das diversas periferias que se deslocam de diferentes regiões da cidade para prestigiar essa realização.

A mostra

A abertura acontecerá no próximo dia 14, às 19h30, no CEU Casa Blanca e será marcada com um panorama dos 10 anos de intervenções culturais.

No decorrer dos dias, a programação reunirá a literatura de poetas e escritores que freqüentamo sarau;a dança grupos como Balé Capão Cidadão, Espírito de Zumbi, Umoja, entre outros; a música, os convidados Preto Soul, Veja Luz, Versão Popular, 4 Vozes, Teatro Mágico, Z’África Brasil, Criolo e GOG e no teatro Cia Sansacroma, Capulanas Cia de Arte Negra e Grupo Clariô.

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Serviço

Dias 14 a 23 de outubro de 2011. Atividades são gratuitas.Informações: (11) 9342-8687\9391-3503\6599-5499. cooperifa@gmail.com.

www.colecionadordepedras1.blogspot.com

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PROGRAMAÇÃO - IV MOSTRA CULTURAL COOPERIFA

Dias 14 a 23 de outubro de 2011

1º dia - 14 (sexta- feira), 19h30

Abertura – Um panorama dos 10 anos de atividades culturais da Cooperifa na periferia de São Paulo com espetáculos de poesia, música e dança.

CEU Casa Blanca - Rua João Damasceno, 85. Vila das belezas._________________________________________________________________

2º dia - 15 (sábado), a partir das 11h

11h Feira livre de livros- Autores da periferia são convidados a exporem seus livros e haverá também exposições de artes plásticas.

16h Debate - A escrita e a militância cultural das mulheres- com Erica Peçanha, Lu Sousa, Silvana Martins e Jéssica Balbino.

20h - Sarau da Cooperifa e convidados

Casa de Cultural M´boi Mirim- Av. Inácio dias da silva, s/n º - Piraporinha. _________________________________________________________________

3º dia -16 (domingo), a partir das 11h

11h - Festa das crianças -Atividades recreativas, distribuição de livros infantis eshows com os convidados: QI Alforria,D´Quintal, Trio Porão, Poesia Samba Soul e Banda Veja Luz.

EMEFMauroFaccio Gonçalves Zacarias - Av. Raquel Alves Moreira, 823.Parque Santo Antônio.

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4º dia - 17 (segunda-feira), a partir das 18h

18h - Debate - Giros e geras do verbo: literatura afro-brasileira e das beiradas – com Allan da Rosa, Elizandra Souza, Luan Luando e Mario Augusto Medeiros. 20h - Grupo de teatro Clariô – Espetáculo: Urubu come carniça e vôa!Do nordeste para Taboão da Serra, o Clariô conta a vida e obra do poeta negro pernambucano Miró de Muribeca.

CEU Casa Blanca - Rua João Damasceno, 85. Vila das belezas.

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20h - Fernandinho Beat Box – o músico realiza um show com diversos ritmos, utilizando a boca como instrumento percussivo, conhecido na Cultura Hip Hop, como beat box.

EMEF Oliveira Viana- Rua Profº. Barroso do Amaral, 694. Jardim Ângela - Jardim Planalto.

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14h - Cinema na laje especial- Com os filmes: 5 x favela -Agora por nós mesmos- De Cacá Diegues e Bróder, de Jeferson De.

E.E. Professor Herculano de Freitas . Av. Olivier Bachelin, 07 - Alto Riviera. _________________________________________________________________

5º dia – 18 (terça-feira), a partir das 10h30

10h30 e 14h - Balé Capão Cidadão- Apresentação dos alunos das oficinas de balé da ONGCapão Cidadão. CEUCapão Redondo - Rua Daniel Gran, s/n. Jardim Modelo.

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18h - Debate - Militância cultural: como a cultura pode influenciar no cotidiano da periferia -ComEuller Alves, Marcio Batista , Juninho Círculo Palmarino e Fernando Sarau Vila Fundão.

20h – Show do Teatro mágico - A trupe do teatro mágico desembarca na mostra cultural para um show especial.

CEU Casa Blanca - Rua João Damasceno, 85. Vila das belezas.

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20h - Cia Sansacroma – Espetáculo: A máquina de fazer falar–Conta a rotina do departamento político de Auschwitz, que servia de intermediário entre Berlim e o campo para efeitos da solução final.

E.E. Octalles Marcondes Ferreira - Rua Dança de Anitra, 1 - Parque Claudia.


6º dia – 19 (quarta-feira), a partir das 20h.

20h - Aniversário 10 anos - Sarau da Cooperifa- Lançamento do livro 100 mágoas de Rodrigo Ciríaco. Bar do Zé Batidão - Rua Bartolomeu dos Santos, 797. Jardim Guarujá.

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7º dia – 20 (quinta-feira), a partir das 14h.

14h - Orquestra Toca, Zezinho!Este projeto mostra a importância que ultrapassa a associação de sons e palavras. CEU Casa Blanca - Rua João Damasceno, 85. Vila das belezas.

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19h - Brau Mendonça - Músico e instrumentista. 20h - 4 vozes - Quarteto de instrumentistas de música popular brasileira, formado por Dora, Jurema , Jussara e Thatiana.

CEU Canto do Amanhecer - Av. Cantos do amanhecer, s/n.JardimMitsutani - Campo Limpo.

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20h – Capulanas Cia de Arte Negra.Espetáculo: Solano Trindade e suas negras poesias. Retrata a força da mulher negra por meio das poesias de Solano Trindade, Elizandra Souza e Capulanas. E busca a ancestralidade nas manifestações populares de matriz afro brasileira.

E.E Músico Wander Taffo - Parque Claudia II - R. Mangualde, 427 - Jardim Antonieta.

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20h - Espírito de Zumbi – Espetáculo: Cor Raça Uma passagem pela história do brasil colonial passeando pelos dos ritmos e danças da cultura afro-popular brasileira. EMEF Pracinhas da Feb - Rua antonio raposo barreto, 151. Jd. Das flores.____________________________________________

8º dia – 21(sexta-feira), a partir das 13h30.

13h30 - Teatro de Bonecos – Espetáculo: Cocos e mitos uma aventura no universo das lendas.

EMEI Clarice Lispector -Rua Com. Miguel Maluhy, 159. Jardim Guarujá ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

20h – Trupe Lona Preta. Espetáculo: Soltando o verbo. O grupo apresenta ao público o processo de formação da língua e suas transformações ao longo dos séculos num espetáculo cheio de humor. EMEF Anna Silveira Pedreira - Rua José Manoel Camisa Nova, 550. Jardim São Luis.

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9º dia – 22 (sábado), a partir das 17h.

Apresentações musicais com: B. Valente, Zinho Trindade, Z’África Brasil e A Família. Casa de Cultural M´boi Mirim- Av. Inácio dias da silva, s/n º - Piraporinha.

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10º dia – 23 (domingo), a partir das 17h.

Apresentações musicais com: Umoja, Preto Soul, Criolo, Versão Popular e GOG.

Casa de Cultural M´boi Mirim- Av. Inácio dias da silva, s/n º - Piraporinha. _______________________________________________________________

Realização:Cooperifa. Apoio cultural: SescSP, Itaú Cultural, Centro Cultural da Espanha –SP e Editora Trip.Informações: (11) 9342-8687\9391-3503\6599-5499.

E-mail:cooperifa@gmail.com. www.colecionadordepedras1.blogspot.com

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Amanhã (24/09), 21h - 3ª edição do Projeto Carolineando - Olhares e Leituras de Carolina Maria de Jesus, na Serralheria Cultural - Lapa

CAROLINEANDO – OLHARES E LEITURAS DE CAROLINA MARIA DE JESUS


Projeto apoiado pelo VAI. Pretende aproximar o público da vida e da obra de Carolina Maria de Jesus por meio da exposição fotográfica Carolinas de Diego Balbino que registrou catadoras de papelão pela Cidade de SP, e ficará exposta dos dias 01 a 30 de setembro. E no dia 24 (sábado), 21h, haverá um bate-papo sobre a vida da escritora com as jornalistas Paola Prandini e Cinthia Gomes. Apresentação do sarau literário com Elizandra Souza e com o convidado Allan da Rosa (escritor) e Manoel Trindade (percussão). Realização: Afroeducação.

Dias 01 a 30 - Carolinas – exposição fotográfica de Diego Balbino.

Dia 24 (sábado), 21h.Espaço Serralheria – Rua Guaiacurus, 857. Lapa. Entrada franca. (11)8163- 4687/ cinthia.afroeducacao@gmail.com

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Flávio Renegado lança novo clipe " Minha Tribo é o Mundo"


É um prazer divulgar um trabalho de um amigo muito querido, Flávio Renegado, hoje foi o lançamento oficial do single e do clipe " Minha Tribo é mundo", video gravado no Alto do Vera Cruz, bairro periférico da capital mineira, no qual nasceu o músico. Flávio Renegado é MC/cantor/compositor seu primeiro trabalho solo "Do Oiapoque a Nova York", escreveu composições de samba como a letra "Faz o seguinte" interpretada pela sambista Aline Calixto.Como o título do single já diz "Minha tribo é o mundo" o rapper tem apresentado seu trabalho em algumas cidades brasileiras e em diversos países como Cuba, França,  entre outros.
Conheça mais: http://www.facebook.com/flaviorenegado

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Mina Penda - Bukassa Kabengele - Booka Mutoto



Eu te Amo África - Mina Penda África! (Swahili)

Coroa imperial



...Inspirado Salamanda Gonçalves



Meu cabelo tem cheiro de flor...

Seja gardênia, violeta, rosas vermelhas

Livre! Ele exala e transmite amor

Embaralhado, embaraçando o mundo



Meu cabelo tem cheiro de flor...

Canela, açúcar mascavo e cravo

Mil cheiros, mil flores...

Perfumes de luta, espinhos da resistência



Meu cabelo tem cheiro de flor...

Amarílis - orgulho-, brinco-de-princesa

Mensageiro, como flor-de-lis

Vida - dente-de-leão, felicidade- flores do campo



Meu cabelo tem cheiro de flor...

Insistente como cacto flor no deserto

Tulipa vermelha, encanto de girassol

Coroa imperial transborda poder!

domingo, 28 de agosto de 2011

Península Grajaú, hoje esta em festa!! Pagode da 27 completa 6 anos e Coletivo Imargem promove o Mutirão Cultural! Vamos chegar!

Hoje dia 28 de agosto de 2011, é um dia para ficar registrado na história do Grajaú. Como nessa imagem, os moradores tem caminhado cada vez mais com passos firmes...Parabéns, Pagode da 27 por mais um ano de atividades e de melhorias na vida cultural e social da nossa região. Vida longa ao Projeto! Quem quiser chegar, a festa começa a partir das 14h. Rua Manoel Guilherme dos Reis, s/n.Grajaú. Zona Sul.


E hoje também....
NO PARQUE DOS LAGOS: Mutirão Cultural Imargem no parque linear


Neste domingo, 28, à beira da represa Billings tem muita atividade cultural pra comunidade do Parque Residencial dos Lagos, no Grajaú, Zona Sul de São Paulo.


Organizado pelo Coletivo Imargem, o Multirão Cultural começa às 9h e vai até as 17h
Vamos iniciar logo pela manhã que é para aproveitar o dia…

Confira a programação:

9h No Local da Pista de Skate do Lago Azul – Multirão de Limpeza e Intervenção Artistica com o Lixo recolhido;

10h às 11h30 - Projeto Café com Bolachas – Dj Ferruge;

11h30 – 12hs - Pausa para Alimentação Saudavel e troca de Dj’s, Dj Rose – Xemalami assume as pickup’s;

12h – Arte in Rima ;

12h30 – Rastabelecido em Eu;

13h30 – Discotecagem e Roda de Break;

14h00 – Xemalami;

14h30 – Pirata MC & DJ Itamar;

15h30 – Microfone Aberto e Free Style

16h – Teatro do Grupo Identidade Oculta e Cortejo até o “Sarau Nosso” no CEU Navegantes – Cantinho do Céu

17h – “Sarau Nosso” no CEU Navegantes – Cantinho do Céu.

Local: Rua Cisne Azul, sem número – Parque Residencial dos Lagos

Guia para jornalistas sobre gênero, raça e etnia

Ganhe um brinde:


O Guia para jornalistas sobre gênero, raça e etnia pertence à agenda de trabalho articulada entre a FENAJ – Federação Nacional dos Jornalistas e a ONU Mulheres – Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres a partir do Memorando de Entendimento assinado em agosto de 2010. A primeira atividade é a criação de um curso para a formação de jornalistas e estudantes de Jornalismo na temática de gênero, raça e etnia nos estados de Alagoas, Amazonas, Ceará, Pará, Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

A publicação é uma ferramenta do plano pedagógico do curso de formação de jornalistas na temática de gênero, raça e etnia. Tem o propósito de auxiliar jornalistas (que desempenham as funções de produção, reportagem, redação, edição e direção de redação) e estudantes de Jornalismo na tarefa de cobrir os temas com recorte de gênero, raça e etnia no dia a dia da imprensa.

A reprodução do guia é autorizada, desde que seja mencionada a fonte.

Faça aqui o download do “Guia para jornalistas sobre gênero, raça e etnia”

Amanhã começa em SP, o Curso de Gênero,Raça e Etnia para jornalistas...Leia um artigo falando sobre essas temáticas!



Jornalismo, Gênero e Igualdade Racial

Imprensa Negra


A luta pela inserção da temática negra na agenda da imprensa brasileira vem desde o século XIX através da atuação da imprensa negra (tais como os jornais “O Homem de Cor”, “O Menelik”, “O Clarim da Alvorada”, “A Tribuna Negra”, dentre outros). E pode ser dividida em várias etapas conforme seu período histórico.
O Curso de Gênero, Raça e Etnia para Jornalistas utiliza como referência nesta breve retrospectiva a produção da imprensa negra de ativistas negros e negras no campo da mídia a partir da década de 1970, período de reorganização do movimento negro e da participação deste no processo de redemocratização do país.
As décadas de 1980 e 1990, por exemplo, foram etapas de intensa movimentação social do segmento negro brasileiro, incluindo a movimentação das mulheres negras, onde a estratégia política teve como foco o combate ao mito da democracia racial.

As duas décadas também marcaram a fase de profissionalização dos jornalistas negros/as e do início da busca por qualificação acadêmica nos cursos de mestrado e doutorado. Nos anos 1980, em especial, destacamos a produção do jornal “Maioria Falante”. No início da década de 1990, surgiram as primeiras mídias negras na internet com a “Revista Afirma On Line”, o Jornal “Ìrohìn” e a “Agência de Notícias Afropress”.
Também nesta década surgiram as revistas “Black People”, “Azzeviche” e “A Cor do Ébano”. Em 1996, foi publicada a primeira edição da “Raça Brasil”, revista veiculada pela editora Símbolo.

Advocacy – Mulheres Negras

Na década de 1990 as mulheres negras começaram a se destacar nas estratégias para inserção da temática negra na mídia. Chamamos a atenção para a ONG Geledés – Instituto da Mulher Negra, que utilizou como estratégia de comunicação a inserção da mulher negra e do homem negro na mídia e, entre outras ações, formulou uma agenda de intervenções sobre a questão das mulheres negras, além de criar um curso de capacitação de mulheres negras para relacionamento com a mídia.

Em 1994, através do programa SOS Racismo, o Geledés enviou uma notificação judicial à TV Globo por ter considerada ofensiva a caracterização de um personagem em condição de submissão – um jardineiro negro protagonizado pelo ator Alexandre Moreno – insultado pejorativamente pelo patrão branco, interpretado por Tarcísio Meira. Após a denúncia, a TV Globo foi obrigada a apresentar desculpas formais.

Alguns anos depois (1988), depois de realizar o Seminário Nacional de Mulheres e Comunicação e o Seminário Nacional de Mulheres Negras e Advocacy, o Geledés ofereceu o Curso de Capacitação em Comunicação e Advocay e Novas Tecnologias para Mulheres Negras para capacitar lideranças do movimento de mulheres negras.

Embora as populações negra e indígena tenham um histórico comum de discriminação e exclusão etnicorraciais na mídia, destacamos a luta pela inserção da temática negra por entendermos que o movimento negro, por razões históricas, e durante um longo período, foi sozinho o principal ator social na denúncia da exclusão racial e das desigualdades raciais no Brasil e, por conta disso, exibe maior acúmulo em algumas ações estratégicas para a promoção de mudanças.

Outra organização negra que também realizou ações contra a veiculação de estereótipos na mídia foi a Casa de Cultura da Mulher Negra. Em 2006, a ONG localizada em Santos (SP) liderou protestos contra a minissérie JK – sobre a trajetória do presidente Juscelino Kubistchek, por veicular imagens qualificadas por estupro e humilhação de mulheres negras e cujas personagens eram interpretadas pelas atrizes Roberta Rodrigues e Ana Carbatti.

Mulheres Negras e a Conferência de Beijing

Em 1995, a participação e mobilização das mulheres negras no campo das articulações nacionais e internacionais ganharam notável destaque durante a IV Conferência Mundial das Nações Unidas sobre a Mulher, também conhecida como Conferência de Beijing, ocorrida na China. Além disso, Beijing representou uma etapa importante no processo de articulação das mulheres indígenas.


Marcha Zumbi dos Palmares

Também em 1995 ocorreu a histórica Marcha Zumbi dos Palmares, em homenagem aos 300 anos da sua morte. A Marcha reuniu cerca de 30 mil pessoas em Brasília. Na ocasião, os organizadores e organizadoras entregaram um documento ao então presidente Fernando Henrique Cardoso. No mesmo dia, o presidente assinou um decreto criando o Grupo de Trabalho Interministerial (GTI), responsável pela futura implementação de programas específicos para a correção das desigualdades que afetam a população negra no país.

Conferência de Durban
Em 2001, as mulheres negras consolidaram seu protagonismo na Conferência Mundial contra o Racismo e a Discriminação Racial, organizada pelas Nações Unidas, na cidade de Durban, África do Sul. Tomando como exemplo o movimento negro e o movimento de mulheres negras no Brasil, a Conferência de Durban operou uma mobilização significativa. Esses dois segmentos negros foram agentes coletivos de uma ação discursiva na esfera pública.
O processo preparatório de Durban, os debates e articulações durante o encontro contribuíram para o fortalecimento das alianças entre o movimento negro e o movimento indígena. A mídia indígena, por sua vez, motivada pelo aumento – ainda que irregular – da participação indígena na Internet, passou a fazer uso das novas tecnologias de informação e comunicação, sobretudo as digitais, como meio para divulgar suas demandas, embora haja registros sobre a atuação da imprensa indígena muito antes desses processos.
Durban estabeleceu um novo marco internacional no combate ao racismo na mídia. O documento final reconheceu que os meios de comunicação devem representar a diversidade de uma sociedade multicultural e desempenhar um papel na luta contra o racismo. Também solicitou aos Estados membros que incentivassem os meios de comunicação a evitarem estereótipos baseados no racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerância correlata. Entre outras ações na comunicação e mídia, o documento final instou os Estados, e incentivou o setor privado, a adotarem um código de conduta ética voluntário, políticas e práticas que visem a:

(a) Combater o racismo, a discriminação racial, a xenofobia e a intolerância correlata;

(b) Promover a representação justa, equilibrada e eqüitativa da diversidade de suas sociedades, bem como assegurar que esta diversidade seja refletida entre sua equipe de pessoal;

(c) Combater a proliferação de idéias de superioridade racial, justificação de ódio racial e de qualquer tipo de discriminação;

(d) Promover o respeito, a tolerância e o entendimento entre todos os indivíduos, povos, nações e civilizações através, por exemplo, da assistência em campanhas de sensibilização da opinião pública;

(e) Evitar todo tipo de estereótipos e, particularmente, o da promoção de imagens falsas dos migrantes, incluindo trabalhadores/as migrantes e refugiados/as com o intuito de prevenir a difusão de sentimentos de xenofobia entre o público e para incentivar o retrato objetivo e equilibrado de pessoas, dos eventos e da história.



Fórum Social Mundial

Foi, portanto, no contexto da efervescência de debates e acontecimentos estimulados antes, durante e depois da Conferência de Durban e, ainda das discussões formuladas no Fórum Social Mundial (2000), que se iniciou uma nova modalidade de atuação dos jornalistas negros e das jornalistas negras na luta pela inserção da questão negra na mídia: a formação de grupos ligados a sindicatos da categoria com foco no combate ao racismo.
Esses grupos – formados pelo Núcleo de Jornalistas Afrobrasileiros, vinculado ao sindicato dos jornalistas de Rio Grande do Sul, e pelas Comissões de Jornalistas pela Igualdade Racial, vinculadas aos sindicatos de São Paulo, Alagoas, Paraíba, Bahia, Distrito Federal e do município do Rio de Janeiro –, passaram a executar várias ações que vão desde palestras, seminários, livros e publicações sobre o negro no jornalismo até o apoio à produção de um documentário sobre a mulher negra.
Igualdade Racial nos Congressos de Jornalistas

Com forte atuação em rede, esses grupos vêm realizando ações históricas durante os Congressos Nacionais de Jornalistas organizados pela FENAJ – Federação Nacional dos Jornalistas, com aprovação de teses e cobrando a concretização das deliberações.
No encontro nacional da categoria em João Pessoa (PB), em 2004, o Núcleo de Jornalistas AfroBrasileiros do Rio Grande do Sul, a Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial de São Paulo e a Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial do Rio de Janeiro aprovaram a primeira tese intitulada “Visibilidade às Questões Étnicas nos Meios de Comunicação e no Mercado de Trabalho”. O documento aprovado no Congresso relembrou que o racismo é um dos eixos básicos das violações dos direitos humanos e defendeu 10 proposições.


Destacam-se algumas propostas do documento:

1) Que sejam reconhecidas pelo conjunto da categoria as ações contra todo e qualquer tipo de discriminação e em defesa da igualdade étnica desenvolvidas pelo Núcleo de Comunicadores Afrobrasileiros do Rio Grande do Sul no Sindijor-RS, a Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial do SJPMRJ e a Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial do SJSP;

2) Que o Sindijor/RS, o SJSP e do SJPMRJ enquanto entidades máximas de representação dos/as jornalistas profissionais dos estados do Rio Grande do Sul e de São Paulo e do município do Rio de Janeiro tomem iniciativas para sensibilizar os/as jornalistas, tanto nas empresas de comunicação quanto nas faculdades de jornalismo, sobre as questões específicas dos/as afrobrasileiros/as e outros segmentos discriminados da população brasileira;

3) Realização de censo do jornalismo brasileiro – em parceria com universidades – com diversos recortes – gênero, racial, socioeconômico, mobilidade social, inatividade etc. – que além de abrir campo para pesquisas diversificadas propiciará um diagnóstico objetivo da categoria;

4) Que o 31º Congresso Nacional de Jornalistas recomende a todos os Sindicatos Estaduais filiados à FENAJ a inclusão da autodeclaração etnicorracial nas fichas sindicais, medida que deve ser precedida por uma campanha de esclarecimento junto à categoria.

Em 2006, o Núcleo de Jornalistas Afrobrasileiros, com o apoio político das demais Cojiras, defendeu a tese “(In) Formação em Relação Racial para jornalistas e acadêmicos de Comunicação”, no Congresso da Fenaj em Ouro Preto, e conclamou a categoria para a urgência política do problema da formação de jornalistas e acadêmicos em relações raciais e para a construção de um imperativo ético capaz de fomentar um novo modelo de imprensa.


Dentre as proposições aprovadas, destacam-se:


1) A plenária do 32º Congresso Estadual de Jornalistas aprovou os

questionamentos básicos sobre a temática específica dos/as afro-brasileiros/as e de outros segmentos discriminados da população brasileira para termos profissionais e acadêmicos melhor preparados para intervir nos espaços sociais de discussão e na base das redações das empresas de comunicação;

2) O 32º Congresso Estadual de Jornalistas recomenda o cumprimento e implementações pela Fenaj das resoluções aprovadas no Congresso da Paraíba,

2004, relativas às políticas de combate ao racismo e de promoção da igualdade;

3) Criação e implementação de cursos/oficinas de (In) formação, capacitação em todos os Sindicatos Estaduais filiados à Fenaj, desenvolvido em parceria com entidades governamentais e da sociedade civil aberto à categoria e acadêmicos das Faculdades de Comunicação com o intuito de melhorar a qualidade de cobertura jornalística dos temas relacionados.

Em 2008, em São Paulo, as Cojiras apresentaram a tese “Propostas para a luta pela igualdade racial”, durante o 33º Congresso Nacional da Fenaj. Na tese, entre outros itens, retomaram a proposta de realização do censo nacional racial na categoria.

O 33º Congresso Nacional de Jornalistas, em decisão histórica, aprovou a criação da Comissão Nacional pela Igualdade Racial, respaldada na Carta de São Paulo, e selou um compromisso pela superação de todas as formas de assédio e discriminação no ambiente de trabalho e social. Será, contudo, somente em 2010, como veremos adiante, que a Comissão Nacional pela Igualdade Racial será formalizada junto à instituição.

Diálogos e parcerias

Foi, em 2009, que surgiu a primeira aliança entre a ONU Mulheres (antes UNIFEM) e esse movimento de jornalistas comprometidos com o combate ao racismo. À convite do Núcleo de Jornalistas Afrobrasileiros – pioneiro nesta iniciativa –, a ONU Mulheres contribuiu para elaboração do painel sobre a Agenda do Programa de Incorporação das Dimensões de Gênero, Raça e Etnia nos Programas de Combate à Pobreza da Bolívia, Brasil, Guatemala e Paraguai para incentivar a mobilização de afrodescendentes para a autodeclaração na rodada dos censos de 2010-2012. O tema foi ainda foco de mais outros seminários realizados pelas Comissões de Jornalistas pela Igualdade Racial de Alagoas (Cojira-AL) e do Rio de Janeiro (Cojira-Rio).


1ª Confecom


Também em 2009 foi realizada a 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), em Brasília. Além da participação ativa dos jornalistas afrodescendentes, a Confecom reuniu centenas de ativistas do movimento pela democratização da comunicação de todo o país, representantes dos setores privado e de órgãos públicos. Dividida em três eixos temáticos (Produção de Conteúdo, Meios de Distribuição e Cidadania, Direitos e Deveres), os grupos foram subdivididos em 15 Grupos de Trabalhos (GTs). Do eixo 3, destacam-se:


1) o GT 14, cujo tema “direito à comunicação e inclusão social”, entre outros assuntos, tratou da criação de uma política de enfrentamento do racismo; e
2) o GT 15, cuja temática foi o respeito e promoção da diversidade cultural, religiosa, etnicorracial, de gênero e orientação sexual.


Cooperação FENAJ e ONU Mulheres
Em 2010, o Núcleo de Jornalistas Afrobrasileiros do Rio Grande do Sul fez um novo convite a ONU Mulheres para se integrar ao 34º Congresso Nacional de Jornalista, organizado pela FENAJ, e que, naquele ano, ocorreria em Porto Alegre.
Para executar a tarefa, a ONU Mulheres acionou as demais agências da ONU e parceiros do Programa Interagencial de Promoção da Igualdade de Gênero, Raça e Etnia para execução de ações conjuntas. Destas, participaram presencialmente das ações no Congresso Nacional de Jornalistas: o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Fundo de Populações das Nações Unidas (UNFPA), Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e a Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM).

Na ocasião, foram realizadas Oficinas e Espaços de Articulação de Gênero, Raça e Etnia, durante os três dias do Congresso, com foco:

1) nas relações de gênero, raça e etnia na comunicação,

2) na importância do jornalismo para a equidade de gênero, raça e etnia,

3) gênero no noticiário,

4) imprensa e combate ao racismo,

5) cobertura plural: caminhos possíveis e

6) apresentação de casos de comunicação de agências da ONU.

A FENAJ, por sua vez, referendou a criação da Comissão Nacional de Jornalistas pela Igualdade Etnicorracial (Conajira) proposta pelas Cojiras e pelo Núcleo durante a realização do 34º Congresso Nacional de Jornalistas.
A parceria entre a ONU Mulheres e a Fenaj inaugurou uma nova etapa na luta pela inserção do/a negro/a na mídia: de reconhecimento da causa negra na instância sindical e de parcerias com organismos internacionais e de renomada expertise na temática gênero, raça e etnia.

Durante o 34º Congresso Nacional de Jornalistas, o Núcleo de Jornalistas Afrobrasileiros do Rio Grande do Sul, com o apoio das demais Cojiras, defendeu a tese “A Mídia Contribuindo para uma Nação Igualitária e o Exercício da Desconstrução do Racismo nos Meios de Comunicação e no Meio Sindical”, onde instou os membros da Fenaj a repensar o jornalismo como uma prática social atuante no combate ao racismo na mídia.

De acordo com a tese, “os/as jornalistas – negros/as e não negros/as – tem um papel a cumprir: o de serem promotores da igualdade racial no cotidiano das suas redações, como formadores de opinião”. A pedido da Cojira-Rio, documento destacou, entre outras deliberações ser “fundamental garantir o foco na equidade de gênero com recorte racial em todas as ações e atividades relacionadas à promoção da igualdade racial nas relações de trabalho e na produção de conteúdo jornalístico”.

Ainda em 2010, a ONU Mulheres propôs à FENAJ a celebração do Memorando de Entendimento, assinado durante o congresso em Porto Alegre e cuja primeira ação – o curso de gênero, raça e etnia para jornalistas – é deflagrada a partir deste Curso de Gênero, Raça e Etnia para Jornalistas.

Fazem parte ainda dos termos de cooperação entre FENAJ e ONU Mulheres:

1) apoio da ONU Mulheres à realização de ações da FENAJ para o enfrentamento do racismo, sexismo e etnocentrismo,

2) incentivo à criação de instâncias organizativas de gênero e raça nos sindicatos de jornalistas com a finalidade de combater o racismo, o sexismo e o etnocentrismo e de promoção da igualdade, realização do censo do jornalismo brasileiro,

3) adoção da autodeclaração etnicorracial nas fichas sindicais,

4) apoio às políticas focalistas para empresas jornalísticas,

5) produção de indicadores referentes à cobertura dos temas gênero, raça e etnia na imprensa,

6) produção de conhecimento e de materiais para subsidiar o debate sobre o

jornalismo e relações etnicorraciais e de gênero,

7) demais iniciativas que versem pelo pleno cumprimento dos princípios dos

direitos humanos e marcos internacionais referentes ao gênero, raça e etnia no

Brasil e no mundo, estabelecidos por organismos nacionais e internacionais à luz da liberdade de imprensa.

Fonte: http://generoracaetniaparajornalistas.wordpress.com/

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

2ª Edição do Projeto Carolineando - Olhares e Leituras de Carolina Maria de Jesus! Dia 26/08,19h CDC Tide Setubal - Zona Leste!


CAROLINEANDO – OLHARES E LEITURAS

Este projeto pretende aproximar o público, principalmente os jovens da vida e da obra de Carolina Maria de Jesus por meio da exposição fotográfica Carolinas de Diego Balbino que registrou catadoras de papelão pela Cidade de São Paulo, e ficará exposta dos dias 15 a 29 de agosto. E haverá no dia 26 (sexta-feira), das 19h às 22h, juntamente com o Sarau Cultural Autoria Jovem um bate-papo sobre a vida da escritora com as jornalistas Paola Prandini e Cinthia Gomes. Apresentação do sarau literário com Elizandra Souza e participação de Enezimo e Stefanie (MC’s) e Bebê do Góes (percussão) . Realização: Afroeducação. Atividade apoiada pelo VAI/2011.

Dias 15 a 28 (segunda a sábado), das 10h ás 19h. Carolinas – exposição fotográfica de Diego Balbino.

Dia 26 (sexta-feira), das 19h ás 22h. Sarau Cultural Autoria Jovem + Carolineando- Olhares e Leituras.

CDC Tide Setúbal – Rua Mário Dallari, 170. Jardim São Vicente. São Miguel Paulista, Zona Leste. Entrada franca. (11) 2297-5969



I Seminário Nacional de Jovens Feministas


I Seminário Nacional de Jovens Feministas

Programação


Dia 25/08/2011 (quinta-feira)
08h30 – Credenciamento

09h00 – Mesa de Abertura

Srta Roseane Arévalo – Jovens Feministas de São Paulo

Srta Carla Zulu – Associação Zulu Nation Brasil

Srta Atiely Santos – Associação Hip Hop Mulher

Sr. Dr. Marco Antônio Zito Alvarenga – Presidente do Conselho Estadual da Comunidade Negra de São Paulo

Srta Susana Martinez – ONU Mulheres

Lia Lopes – mediadora


10h00 – Painel: “Como surgiu e se organizou as jovens feministas no Brasil?”

Srta Fernanda Papa - Fundação Friedrich Ebert (FES)

Srta Daniele Costa – Conselho Nacional da Juventude

Srta Elizandra Souza – Ação Educativa

Srta Ana Clara Marques – Grupo Maças Podres

Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres (a confirmar)*

Secretaria Nacional de Juventude (a confirmar)*

Roseane Arévalo – mediadora



13h00 – Almoço

14h00 – Oficina: “Dominando os meios de comunicação (TICs) para fortalecer nossa articulação”

Srta Bruna Provazi – oficineira


16h30 – Coffee Break

16h45 – Oficina: “Dominando os meios de comunicação (TICs) para fortalecer nossa articulação”

Srta Bruna Provazi – oficineira


18h30 – Encerramento do dia

20h00 – Jantar – Atividade Cultural




Dia 26/08/2011 (sexta-feira)


09h00 – Painel: “Experiências positivas na realização de projetos sociais de/com/para jovens”

Srta Atiely Santos – Associação Hip Hop Mulher

Srta Mafoane Odara – Ashoka

Srta Keli Cristina Souza – Instituto Paulista de Juventude (IPJ)

Srta Adriana Barbosa – Feira Preta

Lia Lopes – Mediadora



11h00 – Grupo de Trabalho: Estratégias de Desenvolvimento para as Jovens Feministas

Roseane Arévalo – Mediadora

Lia Lopes – Mediadora



13h00 – Almoço


14h00 – Apresentação dos resultados do Grupo de Trabalho

Roseane Arévalo – Mediadora

15h00 – Oficina: Dialogo Intergeracional – A diversidade dos feminismos

10 convidadas especiais ligadas ao movimento de mulheres, movimento negro, movimento LGBT, pessoas com deficiência, dentre outros segmentos sociais interessantes para a temática das mulheres jovens.

Lia Lopes – Mediadora

16h30 – Coffee Break


16h45 – Oficina: Dialogo Intergeracional – A diversidade dos feminismos

10 convidadas especiais ligadas ao movimento de mulheres, movimento negro, movimento LGBT, pessoas com deficiência, dentre outros segmentos sociais interessantes para a temática das mulheres jovens.

Lia Lopes – Mediadora


18h00 – Lançamento da Campanha: Pelos Direitos Sexuais e Reprodutivos das Mulheres Jovens no Brasil

Srta Camila Galdino – Articulação Brasileira de Jovens Feministas

Srta Thais Gava – ONG Ecos


18h30 – Encerramento das atividades


19h00 – Jantar Especial com as Convidadas do Diálogo Intergeracional



Dia 27/08/2011 (sábado)


09h00 – Oficina: “Elaborando projetos: hora de colocar as idéias no papel”

Srta Atiely Santos – oficineira


13h00 – Almoço

14h00 – Alianças Políticas: Uma agenda de empoderamento, incidência e desenvolvimento das jovens feministas

Roseane Arévalo – Mediadora

Lia Lopes – Mediadora


16h30 – Coffee Break

17h00 – Avaliação e Conclusões Finais

Roseane Arévalo – Mediadora

Lia Lopes – Mediadora


18h30 – Encerramento do Seminário


20h00 – Jantar – Atividade Cultural (Peça de Teatro “Carne, Patriarcado e Capitalismo ”)


(a confirmar)*: palestrantes receberam convites e tem até terça-feira (dia 23 de agosto) para confirmarem presença.


Fonte: http://jovensfeministasdesp.blogspot.com/

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Festival Wapi Brasil - Dias 12,13 e 14 de agosto





“Eu africanizo São Paulo” tematiza o primeiro Festival Wapi Brasil


Evento da cultura afro-diaspórica começou no Quênia chega à capital paulista



Acontece nos dias 12,13 e 14 de agosto no CEU Inácio Monteiro, na Zona Leste de São Paulo, o Festival Wapi Brasil 2011, atividade realizada pela Soweto Organização Negra em parceria com os coletivos e as organizações ligadas a Cultura Hip Hop.

Por meio de uma campanha publicitária o tema “Eu africanizo São Paulo” ganhou repercussão na internet com mais de 100 pessoas fotografadas entre elas: artistas, pesquisadores, mulheres, homens, jovens, crianças, negros e não-negros.

Idealizada pelo rapper Panikinho que, ao participar em 2007 do Fórum Social Mundial em Nairobi, fez contato com os organizadores do WAPI, sigla em inglês de Words and Pictures, ou seja, palavras e imagens. Em parceria com a produtora, Janaína Machado deu inicio a concepção desse projeto. Evento multilinguagem de afirmação da cultura afro-diaspórica que começou em Nairobi, no Quênia, se espalhou pela África Subsaariana, chegou a países da diáspora, como Estados Unidos e finalmente acontecerá no Brasil.

As apresentações estão divididas por espaços: WAPI Diálogos e Seminários; WAPI Vibe – Discotecagem com a divulgação destinada a músicos ligados a diversidade de gêneros musicais afro-diaspóricos; WAPI Oficinas; WAPI- Pocket Shows – apresentações de diversas linguagens artísticas; WAPI Artes Visuais e verbais; WAPI-Market – Feira cultural; WAPI – Pictures - Intervenção artística fomenta a divulgação de artistas ligados as artes visuais, focando a Arte-Graffiti e WAPI Agência Jovem - parceria com Afroeducação visa criar uma agência de notícias para realizar a cobertura jornalística do Festival.

Dias 12 (sexta-feira), das 18h às 22h; 13 e 14 (sábado e domingo), das 9h às 20h. CEU Inácio Monteiro – Rua Barão Barroso do Amazonas, s/n. Cohab Inácio Monteiro, Zona Leste. Entrada franca. (11)7459-6102/8526-1072/2203-4770/6315-6732. wapibrasil@hotmail.com. http://www.flickr.com/wapibrasil/show.

Programação Festival WAPI Brasil 2011 – Dias 12,13 e 14 de agosto




Dia 12 (sexta-feira)

Exposição “Eu Africanizo São Paulo” – Guma

Exposição “Noite dos Tambores” – Guma

Exposição de desenhos – Marcelo D´Salete

Exposição fotográfica “Carolinas” – Diego Balbino



19h - Abertura

Mesa 1 – Fala Institucional

Representantes das instituições realizadoras, promotoras e de apoio ao evento

19:20 - Vídeo demostração -WAPI Kenya



Mesa 2 – “Eu africanizo São Paulo”

Conferência - Tema: De que forma a arte negra contemporânea africaniza São Paulo



Mediação - Suelma Inês Branco de Deus (Soweto e Geress)



Convidados

- Jaqueline dos Santos

- Morfy Abayomi (FH2IP)

- Toni C (Nação Hip Hop Brasil)



Apresentação Artística

21h



21h 30

Coquetel



22h

Encerramento do primeiro dia





Dia 13 (sábado)



Intervenção Permanente de Graffiti

Curadoria: Crica e Thiago Consp



Opni

5 zonas graffiti

Edson Xis

Bonga





WAPI- Oficinas

Das 9h às 11h



Oficina Arte-Graffiti - Marquinhos Moluco

Oficina Tranças - Daniel Hilario

Oficina de Breaking - B Girl Formiga e Todyone



WAPI-CiNE

Das 10h às 18h



Filmes; curtas, documentários, desenho animado (temática negra) temática de hip-hop, juventude, africano



WAPI- Diálogos e Seminários

das 11h às 13h



Instituto AMMA convida - Diálogo - Juventude Negra sobre vivências de humilhação racial e recursos para elaboração/superação.

Facilitadora: Mafoane Odara





WAPI - Oficinas

Das 13h às 15h

OFICINAS:



Oficina de Boneca Makena com Lucia Makena

Horário: 10h00- 12h00

Local: Biblioteca

____________________________________________________

Oficina de Breaking (Técnicas: Racha; Drops, Power move ) com B.Girl Formiga e Todyone

Horário: 12h- 13h30

Local: Sala de dança

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Oficina- Contação de História- Mitologia dos Orixás com Cris Moscou

Horário: 14h- 15h30

Local: Biblioteca

____________________________________________________

Oficina de Dança de Matrizes Africanas: Paisagens contemporâneas para o corpo brasileiro e bate papo: Com Luciane Ramos Silva Luli, Abuhl Lins,Alysson Bruno e Maurício Alves

Horário: 15h às16h

Local: sala de dança





WAPI Vibe Djs (Espaço alternativo de Discotecagem)

Das 15h às 20h



15h- Dj Guilherme Santana

15h30 - Dj Pixote

16h - Dj Twobee

16h30 - Dj Honerê

17h - Dj Tati Laser

17:30h Intervencao de Beat Box

18h - DJ Erry G

18:30h - Dj Naves

19h - Dj Afro beat – Brech

19:30 - Dj Rogério



Intervenção circulante

Maracatu Urbanos - grupo de Maracatu



WAPI Pocket – TENDA

15h - Estilo Natural

15h20 - Di Mandê

15h40 – Jairo Periafricania

16h - Odisseia das Flores

16h 20- Grupo Elemental

16h 40 - Vinão Brasil



WAPI Shows - TEATRO

Das 15h às 17h



15h - Ronaldo Costa

15h30- Núcleo Artístico Tembuá

16h30- Ualdo

16h30 - Jimmy, Arcanjo Ras e Lei Di Daí





WAPI- Sarau (Intervenção Poética)

Das 17h às 18h



Sarau Griot’

- Roda de Samba e Roda de capoeira



WAPI Pocket - TENDA

Das 18h às 20h



18h - Rafro Ugodzilla

18h20 - Tocaias MC’s

18h40 - D’Quebrada

19h - Caos do Subúrbio

19h30 – Coletivo Audácia ( Raphao Alaafin - Rincon Sapiência e QI Auforria)



WAPI Shows - TEATRO

Das 18h às 20h



18h - Projeto Vocacional Dança

18h - Projeto Marginaliaria

19h - Banda Preto Soul

19h30- Maracatu Urbanos - grupo de Maracatu repete (13)08)



20h Encerramento do Dia 13





Dia 14 (domingo)



WAPI Oficinas

Das 9h às 11h



Oficina Turbante - Katiara

Oficina Tranças

Oficina Poesia - Akins Kinte



WAPI Cine

Das 10h às 18h



Filmes; curtas, documentários, desenho animado (temática negra) temática de hip-hop, juventude, africano



WAPI- Diálogos e Seminários

Das 11h às 13h



WAPI Convida - Diálogo – A (in) visibilidade da questão Racial do Sistema de Justiça diante da Criminalidade Juvenil



Facilitadora: Aline Matos com participação de Fernanda Ribeiro





WAPI Oficinas

Das 13h às 15h Oficinas



Oficina Dança de Rua - Ivan

Oficina de MC Tito

Oficina de Kuduro NUCHA DA POLO, LILL JORGE & DARIO (Angola)



WAPI Vibe Djs (Espaço Alternativo de discotecagem)

Das 15h às 20h



15h - Dj Bruno Prioste

16h - Dj Gustavo Heyek

17h - Dj Malcolm Santana

18h - DJ Vivian Markes

18h30 - Dj Derruba (Dub)

19h - Dj Bonne Dee

19h30- Dj Jay C



Apresentações artísticas



WAPI Pocket - TENDA

Das 15h às 17h



15h - Alquimistas

15h20- Ba Kibunta Convida Qilombagem

15h40 -MC De Lima & Coletivo Dub Sound

16h – Amanda Negrasim -

16h20- klau Jah

16h40- Gaspar Ilicito – Dugueto Shabaz – Kenya



WAPI Shows - TEATRO

Das 15h às 17h



15h -João Carllos – Rock Blues

15h30 - Negossocios - Samba Rock

16h - Roda de Samba Raiz - Grupo Timbo e T.Kaçula





WAPI Sarau - (Intervenção poética)

Das 17h às 18h



Jairo Pereira

Sarau Adhemar-Lids Jubileu

Elo da Corrente



WAPI Pocket TENDA

Das 18h às 20h



18h- Izalu

18h 20 - Correria

18h 40 – James Lino

19h - Ayo Shani

19h20 -Joyce (Angola)

19h40 - Karol Conka - DeDeus



TEATRO

18h - Gabu Dance

18h 30 - A 4 vozes

19h - Os Crespos

19h30 - Banda Aláfia



Roda de break dance



20h Encerramento do Evento


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Dias 12 (sexta-feira), das 18h às 22h; 13 e 14 (sábado e domingo), das 9h às 20h. CEU Inácio Monteiro – Rua Barão Barroso do Amazonas, s/n. Cohab Inácio Monteiro, Zona Leste. Entrada franca. (11)7459-6102/8526-1072/2203-4770/6315-6732. wapibrasil@hotmail.com. http://www.flickr.com/wapibrasil/show.

Fonte:  http://festivalwapi.blogspot.c​om

terça-feira, 26 de julho de 2011

Dia 30-07 - CEU Jaçanã recebe o Projeto Carolineando - Olhares e Leituras sobre Carolina Maria de Jesus



Diego Baldino

Sábado, 30 de julho · 18:00 - 20:00 - CEU Jaçanã - Avenida Antônio César Neto, 105/ Rua Costa Brito, s/n. Jaçana, Zona Norte. Entrada franca.
 Este projeto pretende aproximar o público, principalmente os jovens da vida e da obra de Carolina Maria de Jesus por meio da exposição fotográfica de Diego Balbino que registrou catadoras de papelão pela Cidade de São Paulo, e ficará exposta todo o mês de julho nas dependências do CEU. E encerra a atividade no dia 30 (sábado), 18h, com um bate-papo sobre a vida da escritora com as jornalistas Paola Prandini e Cinthia Gomes. Apresentação do sarau literário com Elizandra Souza , Allan da Rosa e Rabi (percussão). Realização: Afroeducação. Atividade apoiada pelo VAI/2011.




 

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Noite dos Tambores, 13 de maio de 2011

A voz estava assim mesmo rouca, embargada...foi uma noite muito importante, uma noite de alimentar o espírito para continuar mais um pouco....

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Chegou meu 2.8!!!!

Lagoa do Abaete, janeiro de 2011. Refletindo...Sou de água...

Sim, sou canceriana! Nasci no dia 03 de julho de 1983, em um domingo de inverno ao anoitecer, 18h. Este ano 2011, meu aniversário foi em um domingo...as primeiras horas estava ao lado de pessoas que admiro muito que sou feliz por ser contemporânea, dividir o mesmo ciclo solar, lunar, hemisférico...Estou muito reflexivo. As pessoas estão comentando que entrei na primeira volta de Saturno, que é momento de firmar os pés na terra..saber que caminho caminhar, que passos seguir, que mãos dadas apertar...sei lá...dos 27 para o 28 foi um ano bom,mas difícil...sabe quando você faz um monte de coisas que talvez..sei lá...rs....rs....a louca..confissões on-line....kkkkk....adoro!!!! Então nessas minhas buscas, encontrei o horoscópo maldito..talvez eu concorde um pouco com ele. Aos amigos e familiares mesmo esquecendo meu aniversário continuo amando vocês, pode deixar que eu resfresco a memória de vocês e faço cara feia..rs..e segue  meu horoscopo maldito:

CÂNCER-CARANGUEJO (21/06 a 21/07)
Você é um chorão desgraçado, e as pessoas que convivem com você são obrigadas a ficar aguentando você reclamar da sua vida.
Você se acha solidário e compreensivo com os problemas dos outros, o que faz de você um baba-ovo e puxa-saco. O que você quer mesmo é ficar "bem na fita". Você só quer saber de se dar bem, custe o que custar, e acaba sempre ficando numa boa, apesar de não valer nada. É, na verdade, um canalha com cara de santo. Quando pressionado você faz chantagem emocional. Chora e faz da sua vida a pior de todas. Por isso, os outros signos do Zodíaco nunca desconfiam de você. E o pior é que todos gostam de você.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Festival de Mulheres Mc's no Manos e Minas!!!

Têm atividades que são mais do que prazerosas, mas a continuidade de uma luta por visibilidade valeu Odun, valeu Jack...Valeu a todas as participantes...E a luta continua...continua....

domingo, 19 de junho de 2011

Lucrécia Paco - atriz moçambicana novamente ao Brasil...Não percam..

A primeira vez que soube do trabalho de Lucrécia Paco, foi em 2009, no evento Antídoto do Itaú Cultural em parceria com o Afroreggae ou vice-versa...mas fiquei bem impactada com a sua atuação, com o tema escolhido... Acho uma boa oportunidade para todas as mulheres negras que residem em SP de ter contato com este excelente trabalho... Além dessa apresentação divulgada acima, haverá mais atividades com uma parceria entre Lucrécia Paco e Capulanas Cia de Arte Negra. Aguardem mais informações...


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Lucrécia Paco, “Mulher Asfalto”


Uma das mais internacionais actrizes moçambicanas

Lucrécia Paco é uma das mais afamadas actrizes moçambicanas, destacando-se não só internamente, mas também ao nível internacional. Anualmente tem sido convidada para apresentar os seus trabalhos pelo mundo inteiro, com destaque para a Europa, particularmente na Alemanha, onde ano após ano tem apresentado peças teatrais.



“Poder singrar fora de Moçambique não é apenas prestigiante para mim, mas também para o meu país”, comentou Lucrécia Paco quando instada a falar da sua carreira, para depois acrescentar que os patamares que tem atingido no teatro “são a confirmação da realização de um sonho de infância: ser actriz profissional”.



“Mulher Asfalto” é a última peça teatral de Lucrécia Paco, em jeito de monólogo, que está a fazer muito furor entre os moçambicanos, pois a sua temática está relacionada com a protecção da mulher. Com “Mulher Asfalto”, Lucrécia Paco faz abordagem sobre o tema da prostituição no país, e no mundo, sendo que, na peça, ela, a prostituta rompe o silêncio e faz o uso da palavra. Palavra essa prostituída, da sombra, da esquina, do passeio, da rua, enfim, é uma luta que a prostituta empreende para existir como ser humano numa altura em que a sua carne prostituta é vendida, violada, comercializada.



“Há uma necessidade de consciencialização da sociedade para que valorize a mulher e a arte tem esta função de sensibilizar, visto que, a partir do momento em que não me conformo com certos males da sociedade, recorro à arte como uma arma para não ficar indiferente ao que acontece”, disse Lucrécia Paco.



Lucrécia e o autor do texto, Alain-Kamal Martial, estavam em Madagáscar, em 2005, quando assistiram, impotentes, a uma prostituta ser brutalmente espancada por um polícia nas ruas da capital, Antananarivo. “A mulher caía no chão e levantava-se. Caía de novo e mais uma vez levantava-se. Caía e levantava-se sem deixar de falar”, explicou a actriz mais internacional de moçambique sobre a origem do texto da peça “Mulher Asfalto”.

Fonte: http://mulher.sapo.mz/carreira-vida/carreira/lucrecia-paco-mulher-asfalto-8405-0.html