Estava sentada no meio fio
Passou uma maré agridoce
Batizada de ...
Omare (?)
Oh! Maré (?)
O mar é ....
O vento gaguejou e não entendi ao certo
Véus despencaram sobre o que é o outro
Rótulos rasgados caídos no chão
Palavras confusas, pensamentos embaralhados
Linguagem diversa e confluente
Somos todos um, nas fronteiras do que imaginamos ser
Aprendi a sonhar doces flores
Desejei mar dentro de mim
Cachoeiras desaguando assim como quem só quer partir
Parte de mim, partiu
Mas inteira me tornei
Se terra e mar se completam
Traga ventos, outras marés...
Marés que goste de guaranás
Que fume apenas as brisas dos olhos
Que passei pelo parque, só para caminhar
Lembranças do que é e do que foi
Sede de jogo e de conhecimento
Obrigação – quer palavra mais dura?
Prefiro pisar em areias que movem o mundo
E que em um único segundo
Traga mar aonde eu ir...
Seja no asfalto urbano e penoso
ou nos afluentes dos rios
Não é compromisso que desejo
Gosto de banhar-me de todas as águas
E o mar aonde eu ir...
Elizandra Souza
Fev/2010
Um comentário:
gostei muito...
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