sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Um sábado emocionante...me senti mais do que poeta,me senti humana"

Dia 28/ 08 (sábado), diretamente do Jardim Noronha (Zona Sul) a Ermelino Matarazzo (Zona Leste)....
Além de carregar muitos livros, eu estava carregando muita ansiedade e expectativas...Entra em ônibus, embarca em metrô, lançada dentro do trem...assim mesmo com estas palavras...lançada no trem...minha sacola que fica presa entre as pessoas e ao desenroscar sou empurrada por sorte em lugar vago para sentar...

Três horas depois....








Estou na Praça Francisco Monteiro Santana...encontrei as pessoas fazendo xilogravuras, uma oficina muito bonita, com cores...todos se encontrando em tinta e a imagem dentro de uma tenda forrada com tecidos coloridos..muitos livros, vários "Pungas"..meu sorriso já ficou contente..mais ainda ansiosa..se conseguiriam falar da forma que melhor representasse a mulher na literatura periférica...estou deslumbrada e contente com o resultado..foi a primeira vez que fiz tal oficina, me empenhei, pesquisei, nomei as mulheres que eu considero que devem ser lidas para entender esta nossa efervência poetica....

Durante a oficina...


O que me deixou mais contente foram os ouvidos famintos querendo degustar cada palavra que eu lançava no ar...pessoas de todas as idades, cores, amores e um única intenção aprender......segue algumas fotos...







Cortejo para o Sarau dos Mesquiteiros...
Todo o dia para mim foi carregado de emoção mas quando você chega numa escola da periferia da zona leste considerada ruim e encontrar os alunos numa organização cooperativa para que o sarau seja o melhor possível, quando você ver estes mesmos alunos lendo textos seus ou de seus amigos poetas....é uma emoção que não tem dimensão..saber que a trancos e barracos vale a pena fazer algo para deixar a sociedade em que vivemos melhor....toda hora eu falava para o Sacolinha e Rodrigo que eu queria ter de 12 a 15 anos e estudar naquela escola, naquele dia e daquela forma..meu coração saltitava de alegria..


Para completar chegou a mãe do Jorge (Tenda Literária), Dona Salete e me disse: " Obrigada hoje é o dia mais feliz da minha vida"...se existia pagamento, este foi um dos melhores...me emocionei mto...ai meus amigos " bem sensivéis": - Elizandra você está com alguma dor? O que aconteceu? O que fizeram com você?"...
Me irritei...
- Oxé, será que não pode nem se emocionar neste lugar?


6 comentários:

A disse...

que lindo!

Simone Ricco disse...

Olá, Mjiba,

Saudações da Simone (Kiafunhata virtual). Acho que a palavra literária só é válida quando sai do livro e mexe com o sentimento das pessoas. Aí está o sentido da literatura como arte e artigo que deve ser levado às pessoas de toda parte. Belo post, lindo trabalho.

Estímulo da produção de Literatura Periférica em meio a Juventude. disse...

Nossa Elizandra, agora fui eu quem ficou emocionado com suas palavras de militante ativa na proposta que acredita: Literatura Periférica, dizendo sobra a Tenda Literária.
Ficamos muito felizes com a sua participação no nosso humilde evento. Tentamos fazer o melhor possível, e sem demagogia, acho que ultrapassamos nossas expectativas e isso nos assustou bastante, mas para um lado bom, gostoso e divertido.
Esperamos contar com você em nossa XEPA Literária em Novembro, até lá irá acontecer mais uma Tenda Literária na Praça. Assim que tivermos a divulgação mandaremos pra você OK?
Mais uma vez, muito obrigado.

Vander Clementino Gudes.
Coletivo Tenda Literária.

Raimundo disse...

É isso aí, Elizandra, tamo junto!
Lindo depoimento, ficamos orgulhosos de ter você conosco.
E em Novembro tem a Xêpa, hein!
Abraço

Raimundo disse...

Aliás, esse é nosso blog:
www.miraze.zip.net

Ana Paula Gama disse...

Oi Elizandra!!

Lindo post, fico feliz de fazer ecoar as nossas sagas e lutas por esses cantos tão desencantados por muitos!
Obrigado por ter tornado nossa tenda cheia de alegria e da força da mulher.
Abraços,