Maputo# Moçambique# Ouvindo as palavras do mar Eu tenho muita coisa a dizer
mas eu sinto medo
A palavra não dita...
é um sonho sem casa rastejando
nas esquinas da solidão...
É uma poesia escrita
nas poeiras das estradas
... que o vento arteiro apaga...
...nos traços...
laços do tempo em descompasso...
esventro-me no silêncio gritante
desta pária sociedade voando vazia
num mundo em desmundo...
Desabito os esconderijos...
dos segredos das folhas,
das verdades rabiscadas
nas pétalas dos girassóis...
...sol...
meu amigo mais constante...
que ávido de tesão testemunha meus segredos
e tênue, acaricia meus africanizados espíritos...
nesses instantes já nem sei quem sou...
Elizandra Souza# Sininho Paco#Moçambique#2012
sábado, 22 de dezembro de 2012
Poesia do silêncio
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Um comentário:
Elizandra,
Seu poema é forte, como você. Parabéns.
Esta estrofe, de modo especial, mais mencantou:
"É uma poesia escrita
nas poeiras das estradas
... que o vento arteiro apaga...
...nos traços...
laços do tempo em descompasso...
esventro-me no silêncio gritante
desta pária sociedade voando vazia
num mundo em desmundo..."
Beijo,
Jonathan
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