Poema dedicado ao meu Pai (Felicio) |
Carregava na face
Alma que latejava
Confissões da seca
Do árido nordeste
Da montaria do cavalo
Da pisada na estrada
Da aroeira ao bocapio
O carro de boi que cantava
A plantação que o sol destruiu,
A prece destinada à chuva
São Pedro dono das águas do céu:
- “Mande uma trovoada de mansinho”
Em São Paulo com a alma
Plantada e enraizada
Nas curvas do cajueiro
No gosto da castanha e na beira do rio
Que falta faz sair sem destino
Contando as estrelas, seguindo o luar
Nos seus olhos o verde da colheita
O coração um toque de zabumba
Seus sonhos eram um sítio florido de frutos ácidos
Filho de África e Sertão
Sorriso de quem esperava
Fogueiras, foguetes e forró...
Elizandra Souza # Águas da Cabaça# 2012
Um comentário:
Linda!
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